domingo, 28 de março de 2010

Artes& Crafts - Artes e Ofícios


    Arts & Crafts Apesar da arquitetura moderna ter iniciado em meados do século XIX, a arquitetura não mudou a cidade, sua forma, o estilo gótico e clássico permaneciam, a desilução tomou conta nessa arquitetura, que gerou a procura por um novo estilo de expressão, e diferenciado, devido a industrialização e a produção em série, repetitiva e igual, pelo crescimento das cidades surgiu o movimento Arts & Crafts, surgido na Inglaterra.
     O movimento foi dirigido pelo artífice William Morris, pelo arquiteto Philip Webb e o teórico da arquitetura John Ruskin, e seu objetivo era de transformar o ambiente das pessoas com produtos artesanais, sendo único, assim os produtos retetidos produzidos em massa seriam excluídos. Willian Morris criou sua própria empresa produzindo desde móveis, copos até tecidos e papéis de parede.
 Durou relativamente pouco tempo, mas influenciou o movimento francês da art nouveau e é considerado por diversos historiadores como uma das raízes do modernismo no design gráfico, desenho industrial e arquitetura.
     De acordo com Tomás Maldonado, o Arts and Crafts foi uma importante influência para o surgimento posterior da Bauhaus, que assim como os ingleses do século XIX, também acreditavam que o ensino e a produção do design deveria ser estruturado em pequenas comunidades de artesãos-artistas, sob a orientação de um ou mais mestres. A Bauhaus desejou, assim, uma produção de objetos feito por poucos e adquirido por poucos, nos quais a assinatura do artesão tem um valor simbólico fundamental. De forma ampla, a Bauhaus herda a reação gerada no movimento de Morris contra a produtividade anônima dos objetos da revolução industrial.




Mobília gerada pelo movimento Arts and Crafts. Fonte: http://teoriadodesign.files.wordpress.com/2009/11/099b-arts-and-crafts-furniture-q75-331x500.jpg. Acesso: março de 2010




Local de trabalho remetendo ao estilo. Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/a2/WPA_arts_and_crafts_display.gif. Acesso: março de 2010


Voysey. Cadeira de espaldar alto, característica do design de arts and crafts. Fonte: http://nautilus.fis.uc.pt/cec/designintro/artscrafts.html. Acesso em março de 2010.


Abajour artesanal. Fonte: http://geometricasnet.files.wordpress.com/2009/02/arts-crafts-accent.jpg. Acesso em março de 2010.

• A preocupação dos mentores deste movimento é o facto de os produtores da “era da máquina” serem movidos pela quantidade e não pela qualidade;
• O designer mais influente foi William Morris (1837 – 1896)
• Morris formou a companhia Morris & Co que produzia uma grande variedade de produtos, tais como mobílias, vitrais, papel de parede, tecidos e cerâmica;
• Pretendia-se combinar a habilidade do artífice com a dos artistas;
• Morris acreditava que um bom design representava uma elevação e que contribuiria para uma sociedade mais feliz;
• Este movimento começou na Grã-Bretanha mas foi seguida no resto da Europa e E.U.A.




Design de interior em estilo Arts & Crafts.Fonte: http://www.furnitureanddesignideas.com/tag/arts-crafts-furniture/. Acesso em março de 2010.

Mobília em Arts & Crafts. Fonte: http://www.buildersbooksource.com/booksite/images/items/9781558708464.jpg. Acesso em março de 2010.

A seguir detalhes dos papeis de parede criados por Morris espirados na natureza no estilo Arts & Crafts.

 Papel de parede ilustrando uma Alcachofra, desenhado por Morris.Fonte:http://www.blog.designsquish.com/index.php?/P125/. Acesso em março de 2010.


 Papel de parede criado por Morris. Fonte: http://www.blog.designsquish.com/index.php?/P125/. Acesso em março de 2010.

Papel de parede criado por Morris. Fonte: http://www.blog.designsquish.com/index.php?/P125/. Acesso em março de 2010.


    Podemos citar ainda casas de estilo Arts & Crafts, como é o caso da casa Perrycroft, em Colwall, Herefordshire, (1893 - 11895), projetada por Charles Francis Annesley Voysey (1857-1941).
   Obtém design vitoriano tardio, interiores claros expressando harmonia pela solidez da estrutura e pelos detalhes feitos à mão como: trincos de janela, maçanetas e lareiras. 

 Elevação sul. Perrycroft. Fonte:http://www.voysey.de/Perrycroft%20Thumbnails/Thumbnails.html. Acesso em março de 2010.


 Hall de entrada da casa de Perrycroft. Fonte: http://www.voysey.de/Perrycroft%20Thumbnails/The%20Hall,%20in%20Studio,%2021,%201901,%20p.%20244.html. Acesso em março de 2010.

    É interessante lembrar que os arquitetos do movimento Artes e Ofícios detesvavam o uso de estruturas de aço e concreto armado. Queriam casas inglesas construídas por artesãos, feitos à mão com materias locais utilizados. Para eles essas casas sugeriam uma fuga para a realilidade da arquitetura industrial. 
    Esse movimento afetaria também casas suburbanas e de menor porte, os arquitetos desse movimento ainda eram vitorianos e sonhavam com uma Inglaterra sem máquinas, con creto, aço e vapor, muito mais distante e surrealista, uma Inglaterra inimaginável.

Postado por: Daniela Zeppe






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sexta-feira, 26 de março de 2010

Arranha - Céu

Arranha Céu

" A arquitetura é a vontade de uma época transladada para o espaço". Disse uma vez Mies Van der Rohe.
O arranha-céu, símbolo arquitetônico mais chamativo do século XX, nasceu como expressão do movimento modernista, enfatizando que a arquitetura, antes de tudo, devia servir à função (funcionalismo). Para Mies van der Rohe, um dos seus expoentes europeus, "a forma é a função".


Edifício Home Insurance

     O Edifício Home Insurance foi construido em 1885, por William Le Baron Jenney, é considerado o primeiro aranha céu do mundo. Era a primeira vez que um edifício de grande altura tinha, tanto suas lajes internas, quanto as paredes externas, suportadas por uma forte estrutura metálica. Neste sentido de inovações, o edifício projetado por Jenney fez uso de uma série de novas tecnologias e materiais disponíveis. Entre eles: elevadores, estrutura a prova de fogo, o que tornou a estrutura segura. O Edifício Home Insurance foi demolido em 1931.
    O seu estilo - que nos anos de 1920 foi denominado de International Style - não se apegava a nada do que fora feito no passado (pois é anti-historicista), visto que a arquitetura clássica greco-romana era horizontalista (a extensão predominando sobre a altura) e sustentada por colunas com capitéis decorados.     
   O arranha-céu  procurou eliminar ou reduzir ao mínimo o acessório, recorrendo a formas e materiais muito próprios para pôr em pé um prédio que espelhasse a sua singularidade (exclusivismo). A extraordinária massa de vigas de ferro, vidros e demais elementos, postos eretos em direção aos céus, espelha a arrogância do sucesso de algum homem notável.
  A arquitetura moderna passou a ser o estilo dominante no início do século XX. São várias as tendências modernistas, mas as mais difundidas buscavam romper com todos os padrões históricos anteriores. A ordem era priorizar a finalidade da obra e eliminar ao máximo os ornamentos. Pela primeira vez, residências e construções comerciais passaram a ter destaque arquitetônico. A prova disso é que, em vez de igrejas, catedrais e palácios, o principal marco do modernismo são gigantescos prédios de escritórios e apartamentos: os arranha-céus. 
    Só foi possível construir arranha-céus após a disponibilização do ferro (1707), aço (1885), concreto (final do século XIX) e vidro (1827) em escala industrial. Construções com mais de seis andares também eram ineficazes até a invenção dos elevadores (1853) e da bomba d’água (início do século XIX). Esta resolveu o problema de se levar água da base até o topo dos edifícios, e o elevador se encarregou de levar as pessoas para cima e para baixo com o máximo de rapidez e conforto e o mínimo de esforço.
     A tendência mais difundida na arquitetura contemporânea é o pós-Modernismo, que prega a colisão de estilos anteriores e a adoção de assimetria e formas geométricas não-lineares (desconstrutivismo). Bons exemplos desse estilo são a Torre do Banco da China, em Hong Kong, e o edifício sueco Turning Torso.

                               
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwWyBsJlJcEjzIfMubnhBYXkaWEaxMiD9k_o4qddU8mZdAkP_3xZQ4EuSEE1ilp_ED7fCOYPtI67V1dDFLXZs-xY6s02e0d5WgfWb-8MCd2F1via_M7gsuL9OourpUCTKbVCS6tRS4XDE/s150/450px-HK_Bank_of_China_Tower_View.jpg
Torre do banco da China 


Turning Torso.

Alguns Arranha Céus:


Localiza-se nos Emirados Arabes e sua altura é de 321 metros.



Localiza-se em Chicago, sua altura é de 443 metros, possui 110 andares e foi construido em 1973.


 Burj Khalifa Bin Zayid

O Burj Khalifa Bin Zayid, anteriormente conhecido como Burj Dubai, localiza-se em Dubai nos Emirados Árabes Unidos, sendo a maior estrutura e, consequentemente, o maior arranha-céu construído pelo homem, com 828 metros de altura. Sua construção começou em 21 de Setembro de 2004 e foi inaugurado no dia 4 de janeiro de 2010.
Foto tirada no dia 11, de novembro de 2006.



Acima comparação do Burj Khalifa em comparação com outras grandes construções.

Os maiores arranhas céus do mundo você pode ver aqui:

Para não perder o costume vamos dar uma olhadinha nos videos para conhecer melhor sobre esses arranha céus.

Eco-Engenharia - O Arranha-Céus Verde - National Geographic:

Burj Dubai - Great Success:


Postado por: Suelen Barro


quinta-feira, 25 de março de 2010

Neoclássicismo

        Capitólio de Washington, exemplar da arquitetura neoclássica nos EUA. (Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/História_da_Arquitetura - Acesso em: março/2010).


    O neoclassicismo foi um movimento cultural do fim do século XVIII, ele está identificado com a retomada da cultura clássica por parte da Europa Ocidental em reação ao estilo Barroco, a arquitetura neoclássica foi produto da reação anti-barroco e anti-rococó, levada a risca pelos novos artistas intelectuais da época. Por conta das constantes mudanças que estavam acontecendo naquela época acabou por dificultar o surgimento de um novo estilo artístico, assim eles acabaram optando por recorrer ao que estivesse mais a mão: a antiguidade clássica e com a ajuda da arqueologia (Pompéia tinha sido descoberta em 1748), foi encontrado um modelo a seguir. Assim surgiram os primeiros edifícos em forma de templos gregos e a imagem das cidades mudou completamente, com largas avenidas sendo traçadas de acordo com as forma monumentais da nova arquitetura.


Igreja de Santa Genoveva (1764-1790)- Exemplo de arquitetura neoclássica da França. (Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Panteão_(Paris) - Acesso em: março/2010).



    Alguns teóricos que difundiram o Neoclassicismo foram: Blondel, Soufflot e Pierre Constant, na França; Juan Villanueva, na Espanha; Schinkel, F. Gilly e Von Klenze na Alemanhã e Thomas Jefferson, nos Estados Unidos.
    E alguns dos edificios que se destacaram nesse período são o Capitólio de Washington, o Monumento a Lincoln, a Universidade de Virginia, o Monticello, entre outros.

Biblioteca Rotunda da Universidade da Virgínia. (Fonte: http://bibliotecas-.blogspot.com/2006/11/bibliotecas-da-universidade-de-virgnia.html - Acesso em: março/2010).


Características


- Busca de transmitir força e grandiosidade no exterior e comodidade e bem estar no interior;
- Formas regulares, geométricas e simétricas;
- Plantas com formas quadradas, retangulares, ou centralizadas resultando em volumes maciços;
- Recuperação da nitidez do contorno, que havia sido perdido no Barroco;
- Materiais nobres como pedra, mármore, granito, tijolo e madeira;
- As ordens clássicas são usadas e as suas proporções padronizadas e aparecem tanto como elementos decorativos nas fachadas como estruturais, em pórticos, cujas colunatas são em sua maioria colossais;
- A escultura se integra à arquitetura por meio de relevos, que se utilizam tanto em interiores quanto em exteriores;
- Maior uso de linhas volumétricas horizontais, sendo as verticais secundárias;
- Tendência a dor autonomia aos elementos decorativos, que são todos bem delimitados, sendo que pintura, escultura e arquitetura têm seus próprios lugares, sem se mesclarem;
- Não busca contrastes cromáticos e nem efeitos pitorescos.

Distinção quanto a outros períodos

    O neoclassicismo ao contrário do Renascimento, que apenas replicava os principios antigos sem se aprofundar em análises criticas; buscou discutir os valores clássicos e adaptá-los a realidade da época. 
   O neoclássico emprega as normas clássicas com a tecnologia de construção desenvolvida no pós-renascimento, portanto outra distinção importante está na utilização de novos materias.
    Em relação ao Barroco, as colunas que lá se voltavam principalmente ao apelo estético, agora voltam a ter sentido estrutural.

Nesse link abaixo você vai encontrar um vídeo com algumas construções desse período, para complementar seu conhecimento sobre a arquitetura neoclássica.


    Os templos clássicos tornaram-se uma tipologia fundamental, sendo que inúmeros edificios adotaram seu modelo como igrejas, palácios, teatros, fóruns, câmaras parlamentares, entre tantos outros. Essa tipologia se tornou universal sendo que até hoje é imitada, para demonstrar imponência e grandiosidade, porém suas imitações são na maioria dos casos bem grosseiras e sem proporção nenhuma.
    Em qualquer lugar que se vai podem-se encontrar cópias de elementos da Antiguidade, o que não é diferente em Chapecó, como podemos perceber nas imagens das casas abaixo:

Casas em Chapecó. Fotos: kellyn

    É necessária essa volta ao passado, através da cópia de edifícios que se destacaram em sua devida época para o presente?? Será que atualmente não se podem criar outros métodos e quem sabe outros materiais para demonstrar essa tão desejada grandiosidade??

Havan de Chapecó - Referência ao  Classicismo. Foto: Kellyn


    Outro exemplo de edifício com referências ao Clássico é o Piazza d' Itallia, de Charles Moore, pertencente ao pós-modernismo. Neste percebe-se o uso exagerado de referências históricas, com uma mistura de cores e de elementos clássicos, como colunas, arcos, entablamento e frontões, que foram dispostos de forma a fazer uma critica ao modernismo, porém está critica foi entendida como algo a ser imitado.

Piazza d'Itallia, Charles Moore. Fonte: http://www.flickr.com/photos/nicolar/385935112/ Acesso em: abril/2010.

Dê a sua opinião a respeito dos edificios que imitam outros períodos, mais precisamente quanto aos que se baseiam ou até mesmo copiam  elementos da Antiguidade Clássica???


Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Arquitetura_do_neoclassicismo



Postado por: Kellyn

Gostaria também de sitar a casa situada na Rua Clevelândia, Bairro Jardim Italia, Chapecó / SC pois suas caracteristicas "imitam" as da Biblioteca Rotunda da Universidade da Virgínia (conforme foto no testo)
Fonte: Luana Jung
Comentário postado por: Luana Jung

A REVIVESCÊNCIA GÓTICA e HISTORICISMO

REVIVESCÊNCIA GÓTICA

       A Revivescência Gótica foi bastante difundida, seus projetos podem ser encontrados em Xangai, Bombaim, Nagasaki, Japão, Seul e na Corréia. Tornou-se o estilo de vida da alta era vitorina, impelido por uma forte onda vigorosa e reinado até o Cristianismo.
      A Revivescência foi uma arquitetura impulsionada pelo sentimento religioso, porém, tinha mais que apenas um atrativo religioso para os jovens arquitetos que seguiam os passos de Pugin. O estilo era como uma força libertadora, livrando-os do que consideravam as "forças limitadoras" do classicismo. Atingiu seu auge quando Pugin foi convidado para auxiliar Barry no detalhe Gótico do Palácio Westminster

Observação: O Palácio de Westminster também conhecido como a Casa do Parlamento, em pararelo à arquitetura, também a pintura, escultura e as artes decorativas tiveram vertentes revivalistas, historicismo e neogótico.
      Palácio de Westminster ou Casa do Parlamento  Fonte: (http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/48/Westminster_palace.jpg) Acesso em: Março/2010

Curiosidades:
  • Pugin foi responsável não apenas pela modelagem do interior e pelo detalhamento exterior das fachadas do palácio, mas também por itens como o papel de parede e os tinteiros. O design é preservado até hoje.
  • Os edificios existentes no palácio são mais de 1000 salas, 100 escadarias, e 3 milhas (5 km) de corredores

NOVOS TIPOS DE EDIFICAÇÕES

        O estilo Gótico revivido não seria apenas para igrejas. O século XIX deu origem a novos tipos de edificações: como prefeituras, casa de ópera, tribunais de justiça, estações ferroviárias e grandes hotéis.




Prefeitura de Leeds, Arquirtetos Greek Thomson e Cuthbert Brodrik. Fonte: (http://pt.wikipedia.org/wiki/Leeds) Acesso em: Março 2010


          Os Estados Unidos assumiram a liderança no final do século XIX, era o país mais poderoso do mundo. A história inglesa e, logo depois, todos os hábitos galeses, escoceses, e irlandeses passaram a ser valorizados como nunca haviam sido. Para um jovem arquiteto da década de 1840 e 1850, a catedral de Salisbury valia mais do que todas as igrejas e vilas de Andrea Palladio


Tribunas de Justiça dos Reis, Londres. Fonte (ultradownloads.com.br/.../Catedral-de-Salisbury/) Acesso em: Março/2010


Video Tribuna de Justiça dos Reis, Londres: http://www.youtube.com/watch?v=6BuM4pK-nzI


         Na Inglaterra um dos mais inventivos Gótico foi William Butterfield, considerado um campeão da "policromia estrutural", pela qual construíam-se igrejas com ricas misturas e estrias de pedra e tijolo colorido, com interiores saturados de mármores e mosaicos de diferentes cores. As nobres obras-primas policromadas de Butterfield são a igreja católica de Todos os Santos em Londres e o Keble College em Oxford.

KEBLE COLLEGE, em OXFORD



 Fonte jodester87.wordpress.com/.../ Acesso em: Março/2010




AUGUSTUS PUGIN (1812-1852) considerado a mola mestra da arqueologicamente correta revivescência gótica, apartir da década de 1830. Viveu com rapidez e morreu louco. "Pugin acreditava que um edifício não devia ter nenhuma característica que não fosse necessária à conveniência, à construção ou ao decoro, e que o ornamento devia limitar-se à estrutura essencial do edifício. Era contra todas as formas de imitação e zombava do que via como arquitetura vistosa, extraída de estilos históricos típicos de contos de fadas".






HISTORICISMO
           O historicismo começa no século XVIII. Na Inglaterra surge nessa época a arquitetura neogótica, que atinge seu auge em obras do século XIX como o Parlamento Britânico (ver foto postada na Revivescência Gótica). Resgata a severa harmonia dos templos greco-romanos. Estes estilos passaram rapidamente a outros países europeus e às Américas, e logo surgiram outros estilos revivalistas como o neo-renascimento, o neo-românico, o neomourisco, o neobarroco e outros.
           Arquitetura historicista (ou revivalista) tentavam em seus estilos arquitetônicos que centrava seus esforços em recuperar e recriar a arquitetura dos tempos passados.
           Dependendo da época e arquiteto, a arquitetura historicista foi mais ou menos fiel aos modelos do passado. Alguns arquitetos tentavam reproduzir fielmente os modelos antigos, enquanto que outros foram menos estritos. O revivalismo foi muito associado à arquitetura eclética.
           O ecletismo arquitetonico dedicava-se a misturar estilos antigos sem a rigorosidade da arquitetura revivalista propriamente dita. Apesar de usar formas do passado, tanto a arquitetura historicista como a eclética fizeram uso de técnicas modernas como as estruturas de ferro e, mais modernamente, de cimento e concreto (betão).


Portal monumental em estilo neoclássico. Fonte (http://pt.wikipedia.org/wiki/Arquitetura_historicista) Acesso em: Março/2010


Podemos comparar a arquitetura historicista com Boullée - Boullée causou impacto, desenvolvendo um estilo geométrico e abstrato, inspirado nas formas clássicas. Sua característica principal foi remover toda ornamentação desnecessária , aumentando as formas geométricas para uma escala imensa e repetindo elementos como colunas de forma colossal.


Fonte:http://www.spamula.net/blog/i31/boullee7.jpg. Acesso em: Abril/2010



Postado por: Luana 

Art Nouveau - Arte Nova


"Pela primeira vez um estilo aliou a originalidade estética com a moderna tecnologia de materiais, de inspiração naturalista e orgânica, fazendo aparecer o novo conceito de design." (Fonte: http://artenova.no.sapo.pt/modernismo.htm)


O Art Nouveau teve início na Europa no final do século XIX e é assim conhecido, pois surgiu de uma loja em Paris (capital internacional do movimento), chamada justamente Art nouveau e que vendia mobiliário desse estilo. Foi um período de curta duração, mas de muita expressão, afinal juntou as conquistas técnicas e construtivas da engenharia com as exigencias formais e estéticas dos arquitectos, sendo um estilo estéticos, que juntamente com o Arts and Crafts, abriu caminho para o design moderno.


Hotel Solvay, Victor Horta (1895-1900). Fonte: http://www.greatbuildings.com/buildings/Hotel_Solvay.html - Acesso em: março/2010


    Se adequa melhor a decoração de interiores e as ilustrações do que a arquitetura, onde não teve muito sucesso. Foi uma tentativa de encontrar uma aparência nova para uma época nova, caracterizando-se pela adoção de formas orgânicas, voltadas para a natureza e pela valorização do trabalho manual.
     Embora anteceda o Cubismo, o movimento Art Nouveau teve alguma influência no gigantesco degrau construído por Braque e Picasso em direção ao moderno design. Ao contrário da maioria das correntes associadas ao movimento modernista, o Art Nouveau não foi dominado pela pintura. Mesmo os pintores mais estreitamente relacionados com o estilo, Toulouse-Lautrec, Pierre Bonnard, Gustav Klimt, criaram cartazes e objetos de decoração memoráveis.
Troupe de Mlle Elegantine (cartaz de 1896) de Henri de Toulouse-Lautrec. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Toulouse-Lautrec. Acesso em: abril/2010.

    A Art Nouveau modernizou o design editorial, a tipografia e o design de marcas comerciais; se destacou no desenvolvimento dos cartazes modernos, revolucionou o design de moda, o uso dos tecidos e o mobiliário, assim como o design de vasos e lamparinas Tiffany, artigos de vidro Lalique e estampas Liberty City.

Luminárias do norte-americano Louis Comfort Tiffany. Fonte: http://abelezadetodasascoisas.blogspot.com/2008/08/beleza-do-art-nouveau.html. Acesso em: abril/2010.


    A litografia colorida tornou-se disponível no final do século XIX, possibilitando aos designers da época trabalhar direto na pedra, sem as restrições da impressão tipográfica, possibilitando um desenho mais livre. Esse avanço tecnológico foi responsável pelo florescimento e difusão dos cartazes impressos.

O poster de Jane Avril, criado em 1889 por Toulose-Lautrec, reflete a influência das estampas orientais, bem como as linhas sinuosas e o desenho das letras da litografia Art Nouveau. Fonte: http://vsites.unb.br/fac/ncint/pg/galeria/artnoveau.htm. Acesso em: abril/2010.




    Na Art Nouveau, houve a exploração de elementos de textura e cor nos revestimentos e a ampla utilização de novos materiais, como o vidro, o ferro e o cimento, e se fez muito uso de formas vegetais e floridas e também de curvas e arabescos. 
    A "arte nova" revaloriza a beleza, colocando-a ao alcance de todos, pela articulação estreita entre arte e indústria.
   Tanta decoração e detalhes faz com que os espaços pareçam preciosos demais para serem habitados. Como nos mostra essa imagem do interior do Hotel Tassel, de Victor Horta, em Bruxelas (1892-1893):

Hotel Tassel. (Fonte: http://mydesignfolder.com/?tag=art-nouveau - Acesso em: março/2010)


    Na arquitetura, mosaicos e misturas de materiais caracterizam muitos edificios, como os de Antoni Gaudi, que foi um expoente do movimento na Espanha. Outros nomes que se destacaram no Art Nouveau foram William Morris, Arthur Heygate Mackmurdo, Emile Gallé, Victor Horta e Henry Van de Velde.

Casa Milá, Antoni Gaudi (Espanha). (Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Art_nouveau - Acesso: março/2010)


   O Art Nouveau ao contrário da Arquitetura de Ferro, que molda o ferro como se fosse gesso, trabalha o metal de um modo diferente, torneando-o para criar suas formas curvas que remetem ao movimento e ao ritmo, expressando um certo poetismo e uma decoração que desperta a fantasia do espectador.

Metro de Paris (1898- 1901), Victor Horta. (Fonte: http://experienciazora.blogspot.com/2007/10/racionalismo-estrutural.html - Acesso em: março/2010)


    Uma obra representante desse estilo que encontramos no Brasil, é a  a Vila Penteado em São Paulo, que é um dos últimos edifícios remanescentes do estilo na cidade de São Paulo. Ela foi projetada pelo arquiteto sueco Carlos Ekman e construída em 1902 para abrigar duas importantes famílias paulistas. Porém em 1949, foi doada à USP e é hoje a sede da Pós Graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo - FAU-USP.
   Ela trouxe  na época da sua construção uma enorme contribuição para a ampliação do repertório artístico, técnico e construtivo da cidade, afinal foi construída entre muitos palacetes de tendência neoclássica, destacando-se pela novidade de um estilo novo.
    Nesta construção destacam-se as linhas retas, que se harmonizam com entuques em relevos e elementos de serralheira artística de desenho floral, o desenho dos ornamentos, do mobiliário e as ousadas combinações de cores das pinturas artísticas.


 Fotos da Vila Penteado- atualmente FAU/USP. (Fonte: http://www.usp.br/cpc/v1/php/wf03_conservacao.php?apres=nao&id_cat=4 - Acesso em: março/2010)

    O Art Nouveau é muito criticado pela Bauhaus, como um exagero gráfico que nega os princípios básicos do design contemporâneo. Todavia, a decoração é uma influência persistente na comunicação visual e no design gráfico. Basta perceber essa influência vinte anos mais tarde, no movimento Art Déco e em outras inúmeras obras que vemos ainda nos dias de hoje.






Abaixo, no link, um vídeo que mostra a aplicação do Art Nouveau tanto na decoração, na arquitetura e também na confecção de objetos.