sexta-feira, 26 de março de 2010

Arranha - Céu

Arranha Céu

" A arquitetura é a vontade de uma época transladada para o espaço". Disse uma vez Mies Van der Rohe.
O arranha-céu, símbolo arquitetônico mais chamativo do século XX, nasceu como expressão do movimento modernista, enfatizando que a arquitetura, antes de tudo, devia servir à função (funcionalismo). Para Mies van der Rohe, um dos seus expoentes europeus, "a forma é a função".


Edifício Home Insurance

     O Edifício Home Insurance foi construido em 1885, por William Le Baron Jenney, é considerado o primeiro aranha céu do mundo. Era a primeira vez que um edifício de grande altura tinha, tanto suas lajes internas, quanto as paredes externas, suportadas por uma forte estrutura metálica. Neste sentido de inovações, o edifício projetado por Jenney fez uso de uma série de novas tecnologias e materiais disponíveis. Entre eles: elevadores, estrutura a prova de fogo, o que tornou a estrutura segura. O Edifício Home Insurance foi demolido em 1931.
    O seu estilo - que nos anos de 1920 foi denominado de International Style - não se apegava a nada do que fora feito no passado (pois é anti-historicista), visto que a arquitetura clássica greco-romana era horizontalista (a extensão predominando sobre a altura) e sustentada por colunas com capitéis decorados.     
   O arranha-céu  procurou eliminar ou reduzir ao mínimo o acessório, recorrendo a formas e materiais muito próprios para pôr em pé um prédio que espelhasse a sua singularidade (exclusivismo). A extraordinária massa de vigas de ferro, vidros e demais elementos, postos eretos em direção aos céus, espelha a arrogância do sucesso de algum homem notável.
  A arquitetura moderna passou a ser o estilo dominante no início do século XX. São várias as tendências modernistas, mas as mais difundidas buscavam romper com todos os padrões históricos anteriores. A ordem era priorizar a finalidade da obra e eliminar ao máximo os ornamentos. Pela primeira vez, residências e construções comerciais passaram a ter destaque arquitetônico. A prova disso é que, em vez de igrejas, catedrais e palácios, o principal marco do modernismo são gigantescos prédios de escritórios e apartamentos: os arranha-céus. 
    Só foi possível construir arranha-céus após a disponibilização do ferro (1707), aço (1885), concreto (final do século XIX) e vidro (1827) em escala industrial. Construções com mais de seis andares também eram ineficazes até a invenção dos elevadores (1853) e da bomba d’água (início do século XIX). Esta resolveu o problema de se levar água da base até o topo dos edifícios, e o elevador se encarregou de levar as pessoas para cima e para baixo com o máximo de rapidez e conforto e o mínimo de esforço.
     A tendência mais difundida na arquitetura contemporânea é o pós-Modernismo, que prega a colisão de estilos anteriores e a adoção de assimetria e formas geométricas não-lineares (desconstrutivismo). Bons exemplos desse estilo são a Torre do Banco da China, em Hong Kong, e o edifício sueco Turning Torso.

                               
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Torre do banco da China 


Turning Torso.

Alguns Arranha Céus:


Localiza-se nos Emirados Arabes e sua altura é de 321 metros.



Localiza-se em Chicago, sua altura é de 443 metros, possui 110 andares e foi construido em 1973.


 Burj Khalifa Bin Zayid

O Burj Khalifa Bin Zayid, anteriormente conhecido como Burj Dubai, localiza-se em Dubai nos Emirados Árabes Unidos, sendo a maior estrutura e, consequentemente, o maior arranha-céu construído pelo homem, com 828 metros de altura. Sua construção começou em 21 de Setembro de 2004 e foi inaugurado no dia 4 de janeiro de 2010.
Foto tirada no dia 11, de novembro de 2006.



Acima comparação do Burj Khalifa em comparação com outras grandes construções.

Os maiores arranhas céus do mundo você pode ver aqui:

Para não perder o costume vamos dar uma olhadinha nos videos para conhecer melhor sobre esses arranha céus.

Eco-Engenharia - O Arranha-Céus Verde - National Geographic:

Burj Dubai - Great Success:


Postado por: Suelen Barro


4 comentários:

Fran Fávero disse...

Bacana o texto! Após a descoberta do metal o céu foi o limite, porém hoje, como o céu já não oferece limite algum, além da altura, a modernidade e até mesmo extravagância estão gerando construções inusitadas!

Luana disse...

Um aranha-céus também muito importante foi o Woolworth em Nova York. Que para os olhos do público, significava lojas grandes, baratas e alegres, onde tudo podia ser comprado.


Postado por: Luana Jung

alexandre_matiello disse...

Já havia sugerido em um outro blog que a equipe relaciona-se com os arranha-céus contemporâneos.
Gostaria que fizessem isto em algum texto, além das imagens. Lembrem que a estudá-los, perfizemos uma linha que ia do maior decorativismo a purificação de sua forma. E os arranha-céus atuais, seguem que tendência? Problematizem!

archieurb disse...

A ambição dos homens de tentarem por meio de uma monumental construção alcançar os céus remonta ao Gênese bíblico, quando os descendentes de Noé lançaram-se numa planície da Babilônia, decididos a erguer com pedras e tijolos uma fantástica torre que os possibilitasse tornarem-se íntimos de Deus. Na Idade Média, essa ousadia de erigir grandes prédios materializou-se na construção de uma série de estupendas catedrais, pirâmides, a catedral de Colônia (Alemanha)até nas cidades do Novo Mundo. Cada uma delas tentou alongar ainda mais suas torres para receberem as graças divinas. Pode-se entender a magnificência daquelas obras como uma projeção dos anseios coletivos da religiosidade dos povos daqueles tempos e também uma demonstração da exuberância técnica das corporações de ofício que colaboravam na construção daqueles colossos de pedra, tais como nos nossos dias essas mesmas forças, ideológicas e profissionais, mobilizam-se para empinar do nada um imenso arranha-céu.

by_ Suelen Barro.

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